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Arquitetos: playball studio
- Área: 62 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Dhrupad Shukla
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Fabricantes: Jagnath, Jagnath Sanitaryware
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado na cidade de Rajkot, que está em rápido crescimento, este projeto efêmero serve como um pavilhão temporário de vendas para uma empresa imobiliária e seu novo empreendimento comercial chamado "Business Centrum". O pavilhão teve que ser montado rapidamente em um período de tempo limitado, até que o empreendimento proposto fosse completamente construído.
O programa se compõe funções básicas que incluem uma sala de reuniões, escritório de engenharia no canteiro de obras, área de recepção, uma despensa e um banheiro. O lote é um terreno de esquina voltado para o norte, tendo seu limite mais longo alinhado a uma movimentada via de 18 metros de largura. Havia um edifício residencial no lado leste do terreno que estava programado para ser demolido, portanto a borda ao redor daquela estrutura estava fora dos limites. Na parte restante do perímetro frontal, havia duas árvores totalmente crescidas, espaçadas 12 metros uma da outra e observou-se que a folhagem de suas copas estava criando um vazio entre elas.
Este vazio estava configurando uma forma saliente para cima e a reação imediata foi criar um volume que a imitava. Este volume foi então dividido em duas partes iguais pela introdução de um ponto de entrada que se abre para a área de recepção. A sala de reuniões ocupa uma parte, enquanto o escritório do engenheiro e as áreas de serviço ocupam a outra parte desta divisão. A fim de formalizar ainda mais a entrada, foram acrescentadas duas colunas chanfradas em ambos os lados.
A natureza privada do programa exigia que os espaços internos fossem visualmente bloqueados para quem circula na via movimentada, portanto, o limite frontal tinha que ser completamente sólido. A fachada posterior é composta de grandes aberturas para que as obras possam ser monitoradas regularmente. Foi uma decisão consciente de quebrar visualmente os grandes volumes da frente em fragmentos menores e nesse sentido as exuberantes árvores serviram de inspiração novamente.
Suas redes entrelaçadas de ramos e folhas levou à ideia de criar uma trama de "escamas" na fachada, cujas profundidades aumentam à medida que se elevam em relação ao chão. Este arranjo cria vistas dinâmicas na medida em que a percepção do pavilhão continua mudando quando o visitante se move ao longo do comprimento do pavilhão.
A mudança dos padrões de sombra também acontece ao longo do dia com o movimento do sol. As árvores também lançam uma série de padrões de luz sobre a fachada, adicionando um elemento quase mágico. Tomando como inspiração a Casa das Histórias Paula Rego, de Eduardo Souto de Moura, as escamas aqui são de uma cor quase terracota que estabelece um contraste com o verde exuberante das árvores que emolduram o pavilhão. Na ausência de qualquer contexto específico, as duas características naturais mais imediatas do local foram usadas como inspiração a cada passo para agregar valor ao projeto.